Este blog é apenas uma forma de escrever sobre coisas variadas,interessantes ou não,escrever é uma válvula de escape.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
Entre o Real e o Imaginário
Nesse verão descobri o verdadeiro sentido do que é ter uma mente
livre independente do que se passa no real. Sabe aquela velha história de que
podem te proibir de algo, mas não podem te proibir de pensar? Uma imaginação
fértil cria situações que chegam a te confundir sobre o que é real ou não, a
diferença entre o certo e o errado se torna tênue, quase imperceptível.
Por que estou falando sobre isso? Um homem de meia idade que
vende cosméticos pelas lojas da região, notando meu comportamento um tanto
quanto chato, começou a me fazer umas perguntas meio psiquiátricas, como por
exemplo: - Imagine que você está na praia caminhando e há alguém atrás de você.
É um homem ou uma mulher?
As perguntas me deixaram muito encabulada, mas estarrecida
mesmo eu fiquei quando ele disse a que
conclusões ele chegou com as minhas respostas. Era pura verdade! As minhas
respostas por mais simples que fossem revelavam meu caráter minha identidade,
meu temperamento, meus prazeres, minhas decepções, os quais ele foi descrevendo
de uma forma assustadoramente verdadeira.
Meditando no acontecido, levei a mim mesma à um lugar onde
sempre me refugiava quando mais nova. Levei-me à imaginação de um passado
diferente, onde eu modificava os fatos acontecidos à maneira que julgava melhor
se encaixar em quem eu era ou queria ser. Descobri então, que as maiores
experiências pelas quais passei, passei em minha imaginação. Não só momentos
bons e alegres, mas também momentos de tristeza e dor. Tudo criado em minha
mente.
Havia tempos que não ia à esse lugar e nem me lembrava o
porquê. Permiti-me voltar, imaginar, sonhar, criar. Agora lembrei por que não
voltava lá, porque era difícil sair assim como está sendo agora sair da novela
que criei em minha cabeça.
Sei que pensando aprendi muitas coisas, sozinha, o problema
é que junto com as coisas boas também aprendi e me acostumei a coisas ruins. Eu
sei que tenho que sair de lá, mas às vezes eu apenas não quero sair. Acho que a
aquela tênue diferença entre o real e o imaginário está quase estourando e eu,
talvez, não sei o que fazer para mudar isso.
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